sexta-feira, 19 de setembro de 2014

o sussego, idosos e Saúde de São Pedro de Alcântara



 
O carro estaciona, e o motor desligado revela um silêncio no Centro da cidade. Ouve-se apenas pássaros, em uma das árvores da pequena praça em frente à prefeitura. A igreja matriz destoa no alto do morro. No comércio, um restaurante, uma imobiliária, uma agência dos Correios, um mercado. Nessas terras de sossego, o último assassinato ocorreu há 24 anos.
Na roda de dominó no bar do Zézo, no Restaurante do Jânio e na Barbearia do Diego, as opiniões convergem. Ao passar dos anos, os alcantarenses se acostumaram com a ideia do sossego.
O município emancipado em 1994 (primeira eleição em 1996) tem histórico em serviços públicos desde do período que pertencia a São José, o que por outras regiões. Foi assim com o Hospital Santa Teresa, para tratar doentes de hanseníase, e o Centro de Detenção de Segurança Máxima.

Idosos

Estar a 31 quilômetros da Capital e ao lado de São José transformou São Pedro de Alcântara em uma cidade de idosos. Os jovens partem cedo aos centros urbanos em busca de mais alternativas de trabalho e para ficar perto das instituições de ensino. Isso foi uma dos fatores fez com a população do município diminuir nos últimos 10 anos, segundo a prefeitura — caiu de 3.584 para 3.485 habitantes. Segundo o Censo 2010, que soma junto a população carcerária de 1,2 mil detentos, a população chega a 4,7 mil pessoas.

Saúde

Os atendimentos nas duas unidades de saúde municipais subiram de 230 mensais para 730 nos últimos cinco anos, apontam registro da Secretaria Municipal de Saúde.
— Percebemos que muitas pessoas vêm de fora para usufruir do nosso sistema de saúde. Para isso, falam que estão instaladas na cidade e são parentes de presos. Mas não são. Vêm de municípios próximos, recebem apoio médico e vão embora — revelou a secretaria de Saúde Isolene Bernadete Hoffmann. 
 

A cidade investe R$ 1,2 milhões investidos na Saúde anualmente. 
Em uma análise rápida da relação casos e número de habitantes, São Pedro de Alcântara tem os maiores índices de tuberculose e Aids de Santa Catarina. Isso porque a estatística epidemiológica contempla também a penitenciária. Esta registra todos os 11 casos de tuberculose e 34 dos 39 soro-positivos — apenas cinco estão entre a população de fora do complexo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o enfermos do complexo precisam ser relacionados aos números do município para terem acesso à medicação. 
Fonte: adaptação de http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/ 

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